RaceBrazil

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domingo, 24 de janeiro de 2010

"Chez" Graeff

A viagem a Passo Fundo e Guaporé não foi apenas andar de carros e corrida na pista de Guaporé. A parte gastronômica foi também importante, ainda mais porque o grupo teve a oportunidade de saborear comida típica do Rio Grande, o que convenhamos não é tão fácil assim.
Fomos recebidos na Fazenda da Família Graeff onde se produz soja, milho, sorgo e onde existe uma pequena quantidade de ovelhas, aquelas de pés pretos. Os Graeff são parceiros do nosso anfitrião Paulo Trevisan do Museu do Automobilismo Brasileiro.
A sede da fazenda é uma coisa linda e de uma simplicidade elegante, em cada canto uma pick-up antiga, algumas deterioradas e outras impecáveis, mas todas tão bem dispostas parecendo um diorama. A foto acima foi tirada em frente à oficina. É uma oficina antiga onde além de ferramentes e equipamentos tem uma pick-up Ford 29 impecável e quase fazendo parte da decoração. Dá a impressão de uma fotografia e que os carros irão para a lida imediatamente.
Em frente, há um pavilhão com piso quadriculado em preto e branco como se fosse uma bandeira de chegada e lá dentro mesas, balcão e churrasqueira e Fords e Chevrolets alinhados em lados opostos. Todos da década de 20 e alguns preparados para corrida, uma coisa maravilhosa, e olhem que sou famoso por não gostar muito de carro antigo. Um ambiente e tanto para quem gosta de automóveis e um bom papo. E o melhor que todos torcem para o Palmeiras embora se digam Gremistas, mas isso é para disfarçar.
O melhor da festa não é apenas o ambiente, é a ovelha assada na grelha. O Sr. Oscar, o patriarca da família, me explicou como se faz, e o resultado foi surpreendente para mim que nunca comi ovelha na vida e explico porque. Minha família da parte italiana era fanática de cabrito, disputavam a tapa a cabeça em almoços e jantares de natal e ano novo. Nunca gostei de cabrito e passei essa coisa para cordeiro, ovelha e assemelhados e acho que perdi bastante coisa.
Na fazenda Graeff foi a primeira vez que comi ovelha e devo dizer que estava deliciosa, coisa de comer rezando. O mais gozado foi a gafe que cometi quando me serviram a ovelha e eu perguntei se era leitão, paulistano é burro mesmo, é convidado para um churrasco de ovelha e pergunta se é leitão. Na minha defesa, achei que o aspecto era de leitão, não pela gordura que não tinha, mas havia uma espécie de pururuca e a besta aqui achou que era leitão. O Saloma que é um dos nossos "turcos" estava sem apetite e comeu apenas metade de uma ovelha, precisamos arrumar um pouco de biotônico para abrir o apetite dele.
Meu agradecimento a família Graeff que abriu sua casa e nos recebeu como reis. E uma ameaça: se me convidarem de novo eu vou.

9 comentários:

Belair disse...

Já o outro turcão aqui acha que os Graeff deveriam exportar as ovelhas e a tecnica para São Paulo e abrir uma autentica churrascaria Graeffiana.GARANTO que seria um grande negócio.Sou candidato a sócio desde já ,hahahaha.
Oscar,Fernando,Dudu,pais e esposas:muito obrigado.O melhor de estar com voces é sem duvida a sensação de estarmos em casa,desde o primeiro minuto,a qualidade do anfitrião perfeito.
Estive a tarde inteira com o Zullino ontem no Templo e conversamos sobre churrascos de ovelhas;INFELIZMENTE a ameaça dele parece ser seríssima...

Leandro Sanco disse...

Tio Zullino,

que o meu sogro não leia o que escreverei agora, pois ele também cria suas ovelhinhas aqui no RS, mas foi o melhor churrasco de ovelha que comi na vida.

Acho que a hospitalidade do Paulo e dos Graeff, o dia maravilhoso no sábado, a visita ao Azambuja e as conversas com os amigos ajudaram a compor aquele sabor inesquecível.

Um abraço,
Sanco

Luís Augusto disse...

Belo relato. Espero poder me incluir na turma um dia.

regi nat rock disse...

Olha que eu sou capaz de ir na "cara dura", com a desculpa de que me perdi pelo caminho.
Como fui fazendeiro no Mato Grosso e convivi muito com outros gaúchos, desbravadores como eu, à época, absorvi vários costumes, dentre eles a roda de chimarrão ao pé do fogo trocando prosa.
Ao observar o galpão/oficina, me emocionei pois lembrei do que havia construído com a ajuda de um vizinho (troca de favores - comum à época e creio, ainda hoje) segundo o "estilo" do sul.
Muitas lembranças boas me vieram. Foi muito bom estar ali.
Mesmo!

Francisco J.Pellegrino disse...

Felizes vcs que puderam compartilhar deste churrasco com estas boas pessoas....a gente ficou aqui na retaguarda esperando que um dia possamos tb estarmos por lá...eita coisa boa. O Gigi e o Vivi tiveram que aguentar vc vários dias....tenho dó dos dois.

Mestre Joca disse...

Ano passado em pleno churrasco ainda fomos dar uma volta na plantação de soja, a bordo de uma Ford F-75, comandada pelo Luiz fernando.

O Saloma, esfomeado, se recusou a ir e quando voltados ele já tinha devorado quase uam costela inteira. Tenho fotos para provar...

Cuore Sportivo disse...

Também não tinha experimentado churrasco de ovelha. É simplesmente sensacional! Ainda mais com pessoas fantásticas e em um lugar totalmente fascinante.

Vão acabar os adjetivos...

Muito obrigado à família Graeff, sobretudo pela hospitalidade!

jcesar disse...

galera, postei o resto das fotos do segundo dia: http://www.fnva.com.br/viewtopic.php?f=19&t=18873

Francis Henrique Trennepohl disse...

Aos Graeff nosso agradecimento e admiração.
Além do churrasco ter sido maravilhoso, o lugar é sensacional, a coleção de carros é incrível e eles são pessoas espetaculares.
Nota 1.000!!!!