RaceBrazil

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quinta-feira, 23 de abril de 2009

O primeiro a assustar os Roadsters em Indy



Em 1961 a Cooper e Jack Brabham foram correr em Indianápolis com um F1 modificado com off-set de suspensão e um motor Coventry Climax 4 cilindros de 2,7 litros, um motor bem fraquinho para os padrões de Indianápolis.

Chegou em nono, pois teve uma parada a mais do que o planejado. O carro era ultrapassado pela direita e pela esquerda durante toda corrida, iludindo a assistência que achava que ele não andava.

Só quem estava nas curvas reparava que Jack Brabham não se assustava e ultrapassava todo mundo de volta. De novo era ultrapassado nas retas. Girava a 144/ 145 milhas/h e os Roadsters a 144/146, uma mínima diferença.

Ficou remando assim por 500 milhas e acredito que era o único piloto do mundo à época a ter essa teimosia e coragem. Isso em um carro muito menor que os enormes Roadsters da época.

Brabham era muito teimoso e planejou apenas duas paradas, embora os fabricantes dos pneus recomendassem três. Errou redondamente, os pneus jamais resistiriam a quase 70 voltas, a menos que andasse devagar. No final, êle teve que parar três vezes e perdeu muitas posições.

Êle percebeu logo no começo que tinha errado, pois teve que parar na 42 com os pneus em frangalhos. Mudou a estratégia e diminuiu para economizar os pneus conseguindo só parar na volta 112, de novo no limite dos pneus, dando exatamente 70 voltas em ritmo menor. Finalmente teve que parar na volta 177 com 65 voltas.

Acreditava Brabham depois da corrida, que se não tivesse andado devagar na segunda perna teria chegado em quinto ou sexto. Ganhar só se tivesse alguns cavalinhos a mais.

Muitos que não viram a corrida ou estavam nas retas levaram Brabham e o pequeno Cooper na gozação, mas Dan Gurney reparou e convenceu a Ford e Colin Chapman a correr em Indy.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Mais de Françoise Hardy



A eterna estrela do eterno filme, Grand Prix.

Quem é linda envelhece linda. De uma época onde o sexo era seguro e correr de carro era perigoso.

A letra de seu maior sucesso:

FILLES
Paroles: Françoise Hardy,

musique: Françoise Hardy - Roger Samyn

Tous les garçons et les filles de mon âge
Se promènent dans la rue deux par deux
Tous les garçons et les filles de mon âge
Savent bien ce que c'est d'être heureux
Et les yeux dans les yeux
Et la main dans la main
Ils s'en vont amoureux
Sans peur du lendemain
Oui mais moi, je vais seule
Dans les rues, l'âme en peine
Oui mais moi, je vais seule
Car personne ne m'aime.
Mes jours comme mes nuits
Sont en tous points pareils
Sans joies et pleins d'ennuis
Personne ne murmure je t'aime à mon oreille

Tous les garçons et les filles de mon âge
Font ensemble des projets d'avenir
Tous les garçons et les filles de mon âge
Savent très bien ce qu'aimer veut dire
Et les yeux dans les yeux...
Et la main dans la main
Ils s'en vont amoureux
Sans peur du lendemain
Oui mais moi, je vais seule
Dans les rues, l'âme en peine
Oui mais moi, je vais seule
Car personne ne m'aime.
Mes jours comme mes nuits
Sont en tous points pareils
Sans joies et plein d'ennuis
Oh quand on pour moi brillera le soleil

Comme les garçons et les filles de mon âge
Je connaîtrais bientôt ce qu'est l'amour
Comme les garçons et les filles de mon âge
Je me demande quand viendra le jour
Où les yeux dans ses yeux
Et la main dans sa main
J'aurai le coeur heureux
Sans peur du lendemain
Le jour où je n'aurai plus du tout
L'âme en peine
Le jour où moi aussi
J'aurai quelqu'un qui m'aime

Link para ouvir a música: http://www.malhanga.com/musicafrancesa/hardy/tous_les_garcons_et_les_filles.htm

Um vídeo da musa do grand prix

sábado, 18 de abril de 2009

Campeão também tem dia de manicaca


Clark tomando bandeira azul em cima da ponte de Longford, 1966, Tasmânia. Será que ele ficou com medinho de correr?

Com desânimo não se chega a lugar algum

Nada mais apropriado que essa foto com o título do Blog. Nérsin é a Tranqueira da vez.

A cara do Nérsin já diz tudo, o Alonso está acabando com o filhinho do papai. Sei lá, fala que precisa cagar, pede licença e vai embora.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Outros tempos



Outros tempos. Quem disse que o Clark só sentou nas Lotus F1?

Na foto, ele e o Chapman quando tinham amizade com a Ferrari, deve ter sido antes do GP de Monza de 1961. França talvez? Em Monza, o Clark e o Trips bateram, morrendo o Trips e mais 14 espectadores.

Os dois interessadíssimos na Shark Nose, será que copiaram alguma coisa? Ou iam fazer uma oferta pelo carro?

O vechio mafioso chegou a vender uma Shark Nose para o Rob Walker que seria pilotada pelo Stirling Moss e seria pintada de verdinho.

Se tivesse vendido teria pelo menos sobrado uma Shark Nose, todas foram destruídas e reaproveitadas em outros carros. A única que existe é uma réplica feita pelo Chris Rhea para um filme.

domingo, 12 de abril de 2009

Nem tudo é alegria


Essa é uma foto muito interessante, acho que da Paris Match. Diz a legenda:

Eles não sabiam, mas esse era um beijo de adeus. Ricardo Rodriguez, o campeão mexicano, beija com fervor a mão de seu pai. Olhando, seu irmão Alejandrito de sete anos. A foto é dos treinos do Grande Prêmio do México. Ricardo vai partir para uma volta no circuito de onde não retornará jamais.

O circuito chamava-se Magdalena Mixuca, depois batizado de Hermanos Rodrigues.

O carro? Uma Lotus. O que aconteceu? Quebrou a suspensão traseira.

Subida de Montanha








Incentivado pelo Mestre Joaquim vou escrever minha opinião sobre eventos de Subida de Montanha, mais especificamentea do Pico do Jaraguá que conheço melhor.

O evento é muito bom, aparecem bons carros, gente interessante e o melhor é que, ao contrário desses encontros de carros antigos, a coisa não é estática e não se limita a intermináveis discussões sobre originalidade de espelhinhos, cores e outras bobagens, tão a gosto dos colecionadores de môfo e ferrugem. Ou anda ou não anda e se anda tem que andar forte, o relógio não perdoa.

Tudo seguido de um excelente churrasco, cerveja à vontade e papos intermináveis sobre as façanhas dos participantes. Evidentemente, a medida que são consumidas as cervejas, as doses de cascatas e mentiras aumentam, mas isso faz parte, pescadores não chegam nem perto de automobilistas quando o assunto é mentira.

A minha opinião não é bem uma crítica, mas um sentimento pessoal, não gosto de fazer coisas que não conheço e no caso, tenho medo de andar em uma pista que desconheço, simples assim.

Em circuito, o piloto pode treinar e ir aprendendo, em subidas de montanha, o piloto tem que ir improvisando e aprendendo o comportamento do carro. Tem gente que consegue fazer isso e se sente confortável. Tem outros que, em que pese conseguirem fazer, o fazem de maneira mais forçada, que é o meu caso. Ainda há aqueles que não conseguem e acabam destruindo o carro.

Cada um tem que analisar seu posicionamento e se comportar de maneira adequada, afinal estamos lá para nos divertirmos.

Nessa subida das fotos, participei incentivado pelos meus amigos Fritz e "Bigo" que são os titulares das famosas Ferramentas Corneta. O Bigo participou de Mini Cooper e o Fritz de 550Spyder vermelhinho. O Fritz começou a correr junto comigo na equipe do Coruja e perto dos sessenta, mas nem por isso o pessoal dava moleza para ele nas corridas, o cara manda ver e duelar com ele não é fácil, piloto limpo, mas duro. Ambos corríamos de 550spyder, o meu prateado e o dele o vermelhinho.

O mais engraçado é que eu e o Fritz devíamos ser os mais velhos e estávamos de carros sem capota. A molecada na chuva se abrigou em seus carros e nós dois ficamos com os carros debaixo de uma árvore, nos molhamos até a medula. Na foto, os dois "velhinhos" tomando chuva dentro do meu carro, reparem que a organização me sacaneou e deu o número 24. Da próxima vez vou fazer um monte de mal criação se fizerem de novo.

Na prova fui passeando, dirigir o 550spyder na chuva, em uma pista desconhecida e com folhas é impraticável.

Apenas dei uma arrancada para o carro ficar andando de lado e fiz isso incentivado pelos "mininus" Marx que adoram uma bagunça, mas nessa devem ter feito alguma coisa na noite anterior e apareceram sem carro, deve estar faltando carro lá na casa deles.

É cada curva um susto. Sossegamos o facho e fomos desfrutar do churrasco que estava excelente como sempre.

Primeira foto: Juliano "Kowalski" Barata 

sábado, 11 de abril de 2009

Spyder na Rua




O carro atualmente anda na rua normalmente, mantive os números e coloquei a placa dourada de Campeão que aparece na primeira foto tirada no pico do Jaraguá, êle merece.

Não lembro quem me enviou, na hora que achar coloco o crédito.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Subida de Montanha - Pico do Jaraguá




Não sou fã de subida de montanha, o piloto entra frio, não pode treinar, no final acaba malhando o carro ou mesmo destruindo-o. Para divertir é legal, nessa aí dei apenas uma passeada, com chuva não dá. Agradecimentos à Corneta Ferramentas pelo apoio.

Fotos: Juliano "Kowalski" Barata

Spyder na Pista












Esse carro foi construído em minha garagem pelo escriba aqui. Foi a seguir enviado à Garagem da Coruja Competições do piloto Roberto "Coruja" Amaral que arrumou as besteiras feitas na montagem e mandou pintar o carro no Pavão em Interlagos.

O carro foi preparado levando em conta o amadorismo do piloto, inicialmente um motorzinho meia boca que durou um tempo. Em seguida preparamos um mais fortinho, mas duradouro, durou 22 corridas e foi reformado, jamais quebrou.

Os cabeçotes são normais, apenas rebaixados para uma taxa de 13:1 usando álcool, um ano corremos de metanol, mas depois foi proibido. O Coruja não achou interessante gastar dinheiro com preparo de cabeçotes, Interlagos não tem retas mais e as válvulas menores dão mais torque em baixa. Ele só andou mexendo no ângulo das válvulas com um equipamento que ele tem. Uma coisa muito simples, mas que o camarada precisa saber fazer, não tenho a menor idéia do que ele fez, embora tenha visto. Só sei que o motor mudou muito depois dele mexer no ângulo das válvulas.

O comando nem lembro qual é, só lembro que fomos buscar no Amador. É um Engle equivalente a um P2, gira uns 6200 no final da subida dos boxes e sobe muito pouco depois.

As válvulas não são duplas, essas molas que os caras vendem por aí vivem quebrando. Compramos molas de Audi Turbo, não enchem o saco. Pode até ser que não permitam que o comando gire mais, mas não precisa, o carro foi cronometrado a 195 km/h na freada do S do Senna e está muito bom. O carro sempre andou mais que o piloto.

O resto é Webers, câmbio acionado por cabos, discos nas quatro, pedaleira de Espron em alumínio billet usinado com dois burrinhos de freio, regulável, e embreagem hidráulica.

O carro também tem uma mandracada na suspensão traseira. Soldamos uma chapa no chassis e com um furo. Na manga sai um terminal de Omega e que entra no furo da chapa e é preso por uma porca. Monta-se o carro com a cambagem levemente positiva e aperta-se o parafuso do terminal até se chegar à cambagem negativa desejada. Isso impede que o carro feche as rodas, mantem a cambagem sempre negativa e pré-tensiona as barras de torção. No Bico de Pato se fizer o traçado correto a roda de dentro patina por falta de blocante, mas optamos por mudar o traçado e fazê-lo errado para evitar que a roda patine, o que devia horrorizar os bandeirinhas. Era em uma curva apenas e não se perde muito tempo nela, no resto o carro vira um kart.

Na dianteira freios de Tempra ventilados com pinças de Santana, as mangas são de Espron e na traseira discos de Brasília e pinças também. Suspensão dianteira com 0,5 gráu negativo de cambagem, que na minha opinião é a que dá os melhores resultados, a maioria dos carros que usam suspensão de fusca andam com cambagem de 3 negativos, um absurdo e fruto de piloto amador e preparadores preguiçosos. O cara chega falando que o carro sai de frente e o preparador já sai entortanto os bracinhos.

O falecido Nenê, Carlos Alberto Amaral, inventou de fazer um escape do tipo megafone que muda completamente o barulho do motor VW e ainda usou e aproveitou uma aranha com todos os tubos de comprimento igual. É impressionante o que esse escape afina o motor, uma obra de arte. O Nenê inventou de fazer esse escape porque tinha visto uma fotografia velha dos 550 spyders em Le Mans acho. Fez de memória e foi soldando lata, em um dia estava pronto.

Corremos de 2000 a 2003 com o spyder sem nenhum problema, acho que terminei quase todas as corridas. Em 2002 fui vice-campeão e em 2003 fui campeão da Fórmula Classic Light. Sem dúvida, tivemos muito sucesso pelo que foi investido, muito menos que a maioria gasta para fazer canhões que quebram.

Essa é a questão. A maioria dos pilotos são amadores completos, correm uma vez por mês, sequer sabem aproveitar o que o carro anda e demora para aprender com apenas 11 corridas por ano. Nesse ponto o Coruja sempre foi certo, nunca foi na minha para preparar um motorzão, mudar relação, falava para primeiro andar, mostrar serviço que aí sim ele aumentaria a potência ou mudaria alguma coisa. Ficar mudando o carro, mesmo para melhor, também deixa o piloto perdido. Piloto amador e motor muito preparado é o caminho do desastre.

No final, não aumentamos a potência de 2002 para 2003, quase todas as coisas que eu queria em 2000 e 2001 acabamos não fazendo porque não precisava, eu fui melhorando e passei a aproveitar melhor o carro.


Blog para hospedar imagens e fazer algum comentário sobre formula 1 e outras corridas.

Interessados em f1 podem acessar o www.f1total.net e lá encontrarão uma enciclopédia com todos os carros, GPs, temporadas, equipes e pilotos de Grand Prix desde 1906, a maioria dos sites só tem desde 1950.

Tem um forum, um site com quase 8 mil vídeos e notícias de todos os sites da internet em tempo real, não é preciso ter vários sites nos favoritos, basta ter o www.f1total.net que terá acesso a todos.